



É preciso sair. Após 2 anos ou 4 dias, é preciso sair. Deixar a casa, rasgar a janela, ocupar as telas, constituir linhas de força entre o presente, o futuro e as memórias de um passado vivo. É preciso sair.
Mas não sair do cinema, e sim novamente em direção a ele. Os filmes da quinta e última sessão do 1º Cine dos Campos voltam-se para olhar o cinema pelo buraco da fechadura e tomar, finalmente, a coragem de sair ao mundo e dizer: CORTA!
Um corte de abertura na realidade e na imagem. Aberta, a caixa de pandora da sessão revela os filmes que navegam do terror à ficção científica, da subversão com a materialidade fílmica à curiosidade pelo o que há de trás da câmera ou à simples abertura completa para o mundo. Os filmes saem de peito aberto para o embate com o cinema, retorcendo e reconstruindo a tradição para apresentar algo novo, perspectivas para um futuro desconhecido que está logo ali atrás da porta.
É preciso sair ao cinema! (Gabriel Borges)
Blackout
(dir: Rodrigo Grota, 2022, 15’ | Londrina / PR)
Sinopse: Em um futuro incerto, a misteriosa Maya ajuda Yuri a procurar pela sua mãe nas ruínas de um hotel destruído por um meteoro. "Não teremos tudo demolido se não demolirmos inclusive as ruínas".

Trem Parada Dura
(dir: Lucas Gomes da Silveira, 2022, 6’ | Curitiba / PR)
Sinopse: Após colidir com um trem, um jovem se perde no espaço vazio entre a vida e a morte. Agora, ele precisa livrar seu espírito da eterna danação, e para isso, terá de trilhar um tortuoso caminho.

Cojones, Marina
(dir: Mia Lima Rocha, 2022, 16’ | Rio de Janeiro / RJ)
Sinopse: Nina é uma menina que romantiza a sua vida como se fosse um musical. Quando conhece Marco no sofá de uma festa, de coração partido por conta de sua ex-namorada Marina, eles vivem uma noite apaixonada. Pelo menos do ponto de vista de Nina.

Cabiluda
(dir: aColleto e Dera Santos, 2022, 20’ | Recife / PE)
Sinopse: Dimitri está vivendo o começo de um romance quando as coisas começam a fugir de seu controle. A sensação de que algo está lhe perseguindo só faz crescer, mas a vontade de viver aquele romance é maior. Nunca antes os pelos femininos foram tão aterrorizantes.

Quebra Panela
(dir: Rafael Anaroli, 2021, 17’ | Condado / PE)
Sinopse: Solange é uma avó solteira que trabalha como manicure no interior pernambucano. Com a rotina afetada pela montagem de um set de filmagem na rua onde mora, Dona Sol tem uma porta e uma janela que, se abertas, dão acesso direto ao cinema.
