São muitas as formas de se filmar as histórias que encruzam ruas, bairros, casas e famílias. São muitas também as formas de se percorrer as cidades, de traçar as linhas de seus mapas. Na terceira sessão de curtas do Cine dos Campos, essas linhas são passagens, caminhos, raízes, às vezes rachaduras. São rastros deixados por personagens em trânsito, que fazem do deslocamento uma forma de encontro consigo.
Tracejando afetos, memórias e espantos a partir do movimento dos corpos, a sessão confecciona uma cartografia das vidas nas periferias e regiões metropolitanas de grandes centros urbanos do país. “Linhas de força”, aqui, são sobretudo riscos que se aceita correr, como fios que ora enlaçam o passado e as ancestralidades, ora impulsionam ao futuro, fisgando o que há de novo no porvir. (Camila Macedo)