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Em torno do mistério, para ver magnificado o que antes só se via pelas frestas, para recontar histórias de partidas, retornos e transformadoras visitas, a vila se reúne. O gesto ancestral de comparecer ao conselho da luz para a tradição do assombro tem um eco nítido nesta segunda sessão do Cine dos Campos.

Ampliar o que se vê e fazer ouvir bem de perto são procedimentos próprios do cinema, prerrogativas das quais os filmes desta sessão lançam mão para compor um tecido de experiências novas sobre memórias que resistem. A impressão do texto sobre o papel, da imagem sobre a película, do que-quer-que-seja sobre a lavoura, do trabalho árduo sobre o corpo, são as marcas primeiras, o conjunto de indícios, vestígios, provas com o qual estes filmes trabalham para produzir a substância de memórias futuras, aquilo de novo do qual seremos portadores quando sairmos da sala. Se ir adiante é inevitavelmente também ir embora, tenhamos sempre um encontro marcado neste lugar onde imagens pequeninas se projetam enormes, onde os requintes verbais dos fuxicos de varanda crepitam forte e o jeito de falar tão singular que só poderia estar em vias de desaparecer estala audível, claro, tornando-se assunto novo, memória nova, francamente partilhada entre cada um dos que vieram. (Gustavo Pinheiro)

Os Monóculos da Minha Vó

(dir: Ana Torres, 2022, 9’ | Uberlândia / MG)

Sinopse: Resgate, a partir de objetos plásticos com pequenas fotos, da memória que preserva e oculta histórias, lembranças e sentimentos de minha avó.

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Magnético

 (dir: Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt, 2021, 25’ | Chapecó / SC)

Sinopse: A pequena cidade de Ipuaçu, no oeste de Santa Catarina, é a capital nacional dos agroglifos. Entre outubro e novembro os círculos aparecem. Anoitece e não tem nada. Amanhece e os desenhos estão lá, no meio do trigo. Seres de outros planetas? Em Magnético, os seres humanos dão suas versões da história. Afinal, até que provem o contrário, eles existem.

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O fruto

(dir: Gabriel Chemim, 2020, 24’ |
Ponta Grossa / PR)

Sinopse: A silenciosa reunião entre pai e filho. Uma busca e um encontro. O que permanece?

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Depois de Cora

(dir: Lak Shamra, 2021, 15’ |
Cidade de Goiás / GO)

Sinopse: Depois de Cora retrata a poesia que reside na histórica Cidade de Goiás sob a perspectiva de dois poetas vilaboenses da região periférica, Divino Damasceno e “Seu Joaquim”, associando-se metaforicamente com o “fenômeno natural” da existência da passagem das Andorinhas que adentravam em seu cajazeiro central, algo frequente que se tornou raro nos últimos anos.

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